quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

6 Dias

As horas eram aterrorizantes porque não se via passar,
como cê vê passar o tempo. O tempo passa para momentos bons, situações que convém.
Mas não passa quando você quer que o relógio corra, que os ponteiros fique dando voltas numa velocidade de 360 por segundo. Aquilo não era meu mundo, eu não o queria mas era preciso. Tinha ódio as vezes de chegar aquele lugar, e só pensava em ir embora.
Ao som de Sigur Rós o medo que bate á porta pergunta pra mim mesma se vou conseguir chegar até lá, ele é sufocante a garganta dá um nó,prendo o choro me calo suspiro e olho ao meu redor não vejo nada as claras, só consigo ver e ouvir o que não me faz falta. A vida seria isso olho e repito pra mim mesma um misto de confusões, desespero, felicidades, perdas e ganhos. Estou aqui espero a minha vez eu não desisto, só estou cansada hoje do dia, dos lugares, da casa, do quarto escuro.
Quero sorrir mas só consigo sentir os olhos embasados, carregados e a lágrima não corre
o rosto da um dia menina hoje mulher que ainda tem os mesmos sonhos pequenos e longes de serem alcançados, mas com um soluço ela pára, respira, faz uma prece e esquece.
Milanó é a música que me embalsa e me leva daqui pra outro lugar.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Auto-destruir-se

Quando as coisas tendem a perder totalmente o controle, e você só quer se jogar num lugar calmo e seco dividir a náusea junto com um copo cheio, fumaça que você solta após tragar com pressa o cigarro. Vontade de dormir noites e dias. Saudade do que fui um dia e medo do que me tornei. A falta dele, a carência era como se eu o tivesse perdido literalmente, ele era, é meu mas eu sentia uma saudade, uma vontade de largar tudo aqui e me enfiar no nada e pedir pra ele que me esperasse em qualquer lugar. Eu só queria respostas pra algumas coisas agora, queria que alguém me sacudisse, me desse um tapa na cara, me mostrasse porque e como tava tudo assim tão errado, eu só queria deixar de sentir essa saudade, esse buraco fundo no peito, essa falta de sei lá o quê.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Como construir e destruir sonhos.

Senti meu coração me sufocar até a boca, respire, gerei energia em mim, pedi baixinho algo como um pedido de socorro de "pelo amor de Deus". O que era pra ser bom virou-se contra mim virando pesadelo, não se sabe até onde você consegue chegar, o quão alto consegue alcançar. Eu não entrego assim tão fácil, mas pensar na dor no vazio do estomago porque nada pára dentro dele, pensar em ficar de cara para privada, se sentir impotente a situação não me traria bem nenhum é esperar e ver o que aconteça enquanto peço baixinho "uma luz pelo amor de Deus".

Serei prova viva desses acontecimentos, dessa perda, dessa vontade de gritar compulsivamente pra fora e só poder gritar pra dentro.



Dorme.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

É... viver!


A sorte é preciso tirar ou ter?

Sei do tempo daquele que tudo ve e tudo pode.
Sei do que é capaz, sei também que escreveu os meus caminhos e sabe da minha vida inteira. Senti uma nostalgia tão apertada, digo apertada porque dói no peito, nesse exatamente ela me dói.
Eu queria tanto poder dar de tudo a ela, queria poder dar o meu melhor naquilo que eu estava fazendo, ainda restam alguns sonhos e muitos histórias e desabafos a escrever.
Eu precisava dele com a mesma necessidade que preciso para respirar, os dias não passam, eu não passo. Senti falta de um amigo que não vejo a tempo. Senti falta do riso, sorriso do meu coroa as vezes lembrar é fazer um esforço danado dentro da minha cabeça, até voltar uns anos atrás e formar seu rosto na minha frente. Que falta ele me faz, não sei como seriam as coisas hoje com ele aqui, gritando pela casa cedo como sempre fazia de pé desde as 07:00 da matina. Abraços a qualquer hora, gargalhadas ao sentir as dificuldades no dia-a-dia. Mas como quem vai não volta, sinto que não estou sozinha nesse apartamento mas minha mãe ainda está pra chegar, queria poder saber se ele está bem, se sabe ainda de mim, se me vê, se morre de raiva de me ver fazer o que te contraria, saber sobre o que é contra ou a favor. Queria pedir conselhos, opiniões, ouvir histórias, chorar pedir pelo amor de Deus por mais sorriso. Volto a realidade que é outra e observo a rua escura com as luzes brilhantes dos faróis das motos, dos carros.

Pior que ter dependência em alguém, é ser dependente de alguém que não está mais nesse mundo, que não faz mais parte da sua vida, que não te acolherá mais
e saudade nunca vai ser o bastante pra explicar a ausência, a falta, o buraco desocupado no peito, os olhos marejados, e um sufoco no peito como se fosse te faltar o ar ainda resta um sonho pra hoje mais tarde, sonhar que você vem a mim e me abraça como sempre foi e era pra ser, mas numa fração de segundos algo acontece na vida pra nos moldar, nos mudar, nos fazer ter os piores sentimentos do mundo. Muda e a única coisa que você pode fazer é seguir com ou sem fé nenhuma, vou seguindo. Dias com muita fé e algo melhor, dias que a fé me abandona um dia inteiro.

Que certeza posso ter da vida senão da morte, certeira e traiçoeira como é.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Queima, flameja!

Tentei a pulso não me decepcionar, não te decepcionar.
Guiei minhas pernas pra onde elas deveriam ir, preferi um caminho mais fácil
tentando apagar pensamentos e pedindo pra cabeça parar de pensar.
Achei mais conveniente entrar num boteco sujo de esquina comprar um maço fumar cigarros, sentir frio e nojo do que eu fazia e me arrependia e mentia e cheia de culpa ia dormir sem saber o que eu faria do amanhã de manhã, sabendo que ontem possivelmente estaria morto há um tempo. Senti nostalgia de um tempo x, de uma vila, de algumas pessoas, umas mortas de alma e outras que foram lhe tirada a vida, como se tira de uma criança a inocência de esperar papai noel em véspera de natal. Quis estar em qualquer outro lugar que não fosse esse, quis vagar por horas lembrei que aqui não era o lugar que eu chamava de vila, morada ou qualquer outra coisa, me peguei pensando em ir embora daqui senti alívio voltei a mim com frios nos joelhos, sem sentir as mãos duras de frio voltei a estaca zero. Queria um riso acompanhado de um abraço do meu pai mas isso definitivamente eu não teria hoje nem nunca. Um sonho talvez!
guarde mais uma lembrança, gesto e olhares porque é só o que você vai ter.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Te dedico!

O cinza não me incomoda gosto tanto dele como gosto de um dia claro a céu azul.
Mas não vim falar do dia nublado, vim compartilhar uma coisa chamada felicidade. Sim!
porque as vezes nos esquecemos entre dia-a-dia e rotina de que um simples gesto, ou palavra pode mudar os caminhos de nossas vidas para sempre ou o simples fato de conhecer uma pessoa. Sim uma pessoa, mas não uma pessoa qualquer, aquela pessoa que você moldou no seu sonho e desistiu de esperar chegar a sua vida real. Mas e quando ela realmente aparece? e você se belisca e está acordado? aconteceu comigo. Tenho essa certeza do hoje, do que sinto hoje, do que estou vivendo hoje. É como um conto de fadas literalmente ele me faz grandiosa mente feliz, transbordo alegria quando lhe tiro um sorriso, quando seus olhos me fitam ou quando sua mão vai de encontro a minha. Tudo o que passamos ate o dia de hoje teve suas situações muitas vezes chatas das quais não me recordo bem, mas se for pra falar dos risos, choros, abraços, cama desarrumada sei de cada um, com cada detalhe especial. Ao som de Seven pude sentir um misto de sentimentos envolvida no calor dos seus braços que me prendiam, me fazendo querer ficar ali pra sempre e te envolver com os meus braços te pedindo pra ficar pra sempre. Nos envolvendo entre mãos, beijos, olhos, suspiros. Cada beijo, cada toque, cada carinho tá guardadinho aqui, comigo. Eu não te esqueço fecho os olhos e vejo você acenar do lado de fora do ônibus, podendo sentir uma súbita vontade de pular pra fora da janela e poder dar um último abraço senti um nó na garganta e segui. E se eu perguntasse se seria normal se eu chorasse todas as vezes que visse você ir, eu diria que deveria me acostumar com minhas próprias emoções, sim deveria porque pelo que parece tá bem longe disso cessar. Gosto de sentir me faz ter segurança do que sinto por você, é como uma prova viva pra mim mesma do quanto eu posso dizer sem exitar de que eu te amo. Amo nossos dias pois cada um tem cheirinho de novo e é especial da forma que acontece do começo ao fim do dia. Hoje eu posso ouvir e dizer "te amo" segura de tudo, não tenho medo de nada. Tenho tudo o que um ser humano precisa, e o que acho que todos deviam ter. Eu tenho um amor, eu amo alguém e posso sentir que ela senti o mesmo. O que mais eu vou querer da vida? o que eu quiser da vida não cairá do seu, vai exigir o meu melhor, e darei a ela pra conseguir chegar onde quero. Mas digo do essencial do que te faz sentir vivo, do que te completa, do que te deixa seguro de tudo, do que te deixa ansiosa quando você sabe que seu inter-fone esta prestes a tocar e fica olhando pro relógio pedindo pros ponteiros se adiantarem, querendo te ver na rente da minha porta e eu pronta pra te receber e te envolver e te ter comigo, e dormir contigo e te pedir pra me abraçar se eu tiver um pesadelo, e se eu não tiver também. Me abraça, diz que me ama, fica comigo. Não precisamos de gastos, lugares, coisas materiais o que realmente importa é eu você e vice-versa o nosso cuidado pra que isso cresça cada dia mais, o nosso respeito de um para com o outro, a nossa sinceridade, e tudo isso que não podemos explicar mas sentir quando estamos juntos. Faltam exatos nove dias para um quarto mês
mais um de muitos, estou cultivando e regando nosso jardim para que nossa sementinha possa crescer e se multiplicar virando um jardim rico de cores, aromas e flores do qual só nós temos acesso para colher, regar e cuidar. Não deixo de agradecer cada cuidado, gesto, palavra, e puxão de orelha. Por me fazer a mulher mais feliz desse mundo vou retribuir te fazendo muito, muito e muito feliz a cada dia te amo e te quero como se fosse o primeiro. Dedico ao homem da minha vida. É, sempre foi e será você.(L)

11:17 AM 09/05/11 Ao som de Now's The Only Time I Know

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Colecione sonhos!


A rotina estava a me matar.
Eu estava no lugar errado, fazendo o que eu não queria, rodeada de pessoas que eu não suportava. Mas eu simplesmente ia, eu estava presente fisicamente mas minha cabeça estava tão long eu pensava em tantas, tantas outras coisas. Criava uma outra situação a que eu gostaria de estar no momento, eu não conseguia ouvir a ninguém, distante, fora do ar. Lugares cheios de pessoas vazias, sozinhas senti um medo repentino de que me vissem como uma delas. Tentei dormir pra esquecer um dia perdido, rolei na cama, um sufoco na garganta não me deixava apagar, tive sonhos não me recordo com o quê ou onde, apenas lembro de ter tido. O tempo passa tão depressa, todos os dias sinto que perco meu tempo numa coisa que não quero estar, mas continuo, sem vontade nenhuma querendo largar de vez! Acordar sozinha nesse apartamento, ele parece uma mansão pra mim, faz eco, chego escutar meus pensamentos. Ouço a mesma música que mexe comigo, e adiciono a mesma música várias vezes pra tocar repetidamente sem parar, talvez fosse a hora de parar de sonhar, e começar a colecionar seus sonhos. A vida não é como um bloco de notas. Mas hoje eu só queria fugir, e viver a vida que eu imaginei, a vida que eu queria ter, e não tenho.

Ah! a música que ouço repetidamente é Modern Drift (só pra constar!)